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Lamento o atraso , mas esta semana teremos poucas críticas, no entanto neste filme passado no mundo da culinária, será que será um filme tão bom como "Chefe", que saiu á pouco tempo. Neste filme, o "chef" Adam Jones(Bradley Cooper), quando era ainda muito jovem,conheceu a fama, a fortuna e um reconhecimento internacional que lhe valeu duas estrelas Michelin. A promissora carreira que se avizinhava colapsou quando, por fraqueza e excesso de vaidade, Adam se deixou levar pelo consumo de drogas. Agora, para refazer a sua vida pessoal e profissional, decide começar do zero em Londres (Inglaterra), na esperança de abrir um restaurante que arrebate os clientes e o faça ser merecedor de mais uma estrela Michelin. Mas, para que isso se torne realidade, precisa de uma equipa de sonho que esteja tão motivada como ele e que consiga corresponder às expectativas, entre eles Helene(Sienna Miller) uma cozinheira divorciada com uma filha. E com esta ultima frase, se viram bastantes filmes como eu, já sabem o que vai acontecer. Esta crítica não precisa de ser muito alongada, pois o filme não faz nenhum esforço para se destacar dos demais, espera, sim tem algo que se destaca dos demais, mas falemos disso depois. Os actores neste filme são bons e conseguem convencer nas personagens que interpretam, o problema é as personagens. Cooper neste filme interpreta uma pessoa charmosa e elegante, mas que no fundo é um grande convencido e em nenhum momento sentimos que ele tem alguma espécie de humildade. Neste tipo de filmes convém que o espectador queira que o protagonista supere as dificuldades, no entanto, se não tivéssemos a cena no principio de suposta humildade, depois disso ele é arrogante pra caraças. E o romance entre os dois protagonistas é forçado, em certo momento ela pega nele e começam algo , mas que aparece de lado nenhum. E um filme que fala de comida, em nenhum momento falam de comida, pelo menos não de uma maneira que explique ou que nos deixe curiosos ou com vontade de comer. Este filme quase que segue uma formula, mas devido a personagem de Cooper, não consegui torcer por ele ou pelo romance, devido à maneira que ele a trata durante o trabalho achei bastante forçado. Numa nota positiva, adorei a personagem da filha de Miller, que basicamente confronta Cooper nas tretas que ele fala.Eu sei que hoje em dia temos os chefes que quase são estrelas de rock, no entanto, e o mesmo se aplica ao Chefe Ramsey, não é preciso comportar-se como um bruto para cozinhar. Não vou aprofundar mais, este filme seria algo que diria para evitarem, se não fosse pelas interpretações, e temos que admitir que Cooper tem carisma, no entanto a personagem irritou-me, por isso diria que se forem ver este filme, esperem que apareça na TV. Se quiserem ver um filme sobre comida, vejam "Chefe".

 

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publicado às 01:57


Crítica - O prodígio/ Pawn sacrifice

por falarmd, em 28.10.15

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O novo filme de Tobey Maguire, o original Homem-aranha, desta vez num filme que é próprio para conduzir a nomeações para Oscares, no entanto será que este filme é assim tão bom? Este filme leva-nos a 1972, no pico da Guerra Fria, o campeão norte-americano de xadrez, Bobby Fischer (Tobey Maguire),com apenas 15 anos de idade, se tornou o mais jovem Grande Mestre internacional da história da modalidade. Considerado um dos melhores jogadores de sempre. Aqui ele prepara-se para um aguardado embate perante o grão-mestre russo Boris Spassky (Liev Schreiber), atraindo a atenção de todo um país. O filme relata a terrível luta de Fisher, oscilando entre o génio e a loucura, um rapaz simples de Brooklyn que atraiu a atenção do mundo. Admito que não conhecia esta história,nem este personagem, no entanto foi interessante ver o desenvolver desta história. Temos que dar crédito a Maguire, esta é uma das suas melhores representações, e merecedora de uma nomeação.No inicio parecia alguém relativamente normal mas apaixonado pelo xadrez, é ao longo do filme que vemos o progredir da loucura e do aumentar da tensão. No entanto, apesar de interessante, este filme não é para todos. Como disse anteriormente, no filme acompanhamos a descida á loucura de Bobby Fischer, que em certos momentos consegue ser desconfortável, o que consegue dar algum equilíbrio ao filme é a interpretação mais realista do Padre Bill(Peter Sarsgaard).Sarsgaard é o elemento que nos dá a visão do espectador que quer o melhor para ele mas que ao mesmo tempo não sabe como lidar com ele. Temos que também considerar Schreiber que é excelente como o adversário Russo, conseguindo criar tensão e ao mesmo tempo simpatia pelo personagem. Em certos momentos quase parecia uma estrela de rock, o que irritava a personagem de Maguire.O elemento politico também está presente no filme, mas este filme é acima de tudo sobre Bobby Fischer. Adorei ver que no principio do filme o agente do FBI, parecia que estavam a controlar Maguire , no entanto na recta final estavam a fazer tudo o que ele pedia. Algo que o filme faz magnificamente é mostrar as jogadas de xadrez, de uma forma interessante, tornando jogar xadrez em algo dinâmico .O maior problema do filme é que em certos momentos arrasta-se,o inicio é fraquinho e exageram um bocado na loucura do personagem, se tirassem algumas cenas teriam um filme excelente. Se gostarem de biografias, esta é uma das melhores com excelentes interpretações, mas para o publico em geral apenas posso recomendar ver na TV.

 

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publicado às 01:16

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 Mockumentary ou o documentário falso feito para rir, um exemplo disso é Borat, desta vez temos um mockumentary dedicado a algo bastante popular agora, não são zombies, mas sim vampiros. Neste filme acompanha-mos as vidas de Viago (Taika Waititi), Deacon (Jonathan Brugh) e Vladislav (Jemaine Clement), três amigos que partilham um apartamento. O trio tenta dar-se bem e superar os obstáculos que a vidas lhes coloca, tais como serem vampiros imortais que apreciam deleitar-se com sangue humano. Após centenas de anos, estão a descobrir que existem outros problemas para além da luz solar, da dificuldade em acertar na artéria principal, e de saberem o que lhes fica sem se conseguirem ver num espelho. É preciso pagar a renda,fazer as tarefas, conseguir entrada nas discotecas da moda e superar as discussões. Neste filme é possível ver o orçamento baixo, mas mesmo isso é uma das forças deste filme. Os efeitos especiais(se é que lhes podemos chamar isso) por vezes são tão óbvios que chega a ser hilariante, e noutros momentos conseguem ser impressionantes(admitidamente só numa cena).É este estilo, quase caseiro, que torna o filme tão real, no entanto quando acontecem certas cenas, não conseguimos deixar de rir do ridículo que vemos no ecrã, uma palavra:lobisomens. A comédia é bastante subtil mas quando acerta, acerta forte. Mas o que torna este filme superior aos demais são as personagens, que são baseadas em estereótipos de vampiros que conhecemos, o Drácula, o vampiro antigo, vampiro vitoriano, vampiro hippster e a nova adição do novo vampiro. É engraçado e ao mesmo tempo enternecedor, vermos estes vampiros a terem dificuldades nos dias de hoje, as suas lutas e dificuldades e ao mesmo tempo conseguem demonstrar uma faceta bastante humana que conseguimos relacionar. No fundo este filme é sobre companheiros muito diferentes mas ao mesmo tempo muito iguais, e o seu envolvimento com um humano que lhes abre os olhos a um mundo novo, mas não quero fazer spoilers.Este filme é classificado de terror, mas para além de algumas cenas gráficas de sangue, não o achei assustador. No final este filme é bom e engraçado, mas não sei se recomendaria ver no cinema, mas quando puderem aluguem ou vejam na TV, vale a pena.

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publicado às 00:49

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Sinceramente, neste momento já estou farto de zombies, parece que em todos os filme tem que haver zombies, um bom exemplo é o ultimo Maze runner, no entanto neste filme não me importei pois o foco não é nos zombies mas sim no amor impossível entre dois jovens.  Este filme passa-se num futuro não muito distante, uma nova estirpe de vírus assolou o planeta e, à excepção de alguns sobreviventes, toda a raça humana foi transformada em mortos-vivos. O reduzido grupo de humanos que restaram vivem refugiados em locais incertos, temendo um ataque que os transfigure em seres monstruosos. Quando Julie (Teresa Palmer), em conjunto com um grupo de pessoas, resolve sair do seu refúgio para tentar encontrar mantimentos, é atacada. Entre os atacantes está R (Nicholas Hoult), um zombie solitário que, ao cruzar-se com a rapariga, sente despertar em si sensações que julgava extintas. Assim, determinado a salvá-la dos seus pares, R leva-a para o seu esconderijo onde acaba por perceber que, entre eles, acabou de acontecer algo que, noutras circunstâncias, se poderia chamar de amor. Confusa com os sentimentos que a unem a um ser que toda a sua vida aprendeu a temer e desprezar, Julie foge para junto do pai (John Malkovich), um implacável caçador de zombies. É então que R, destroçado pela sua ausência, começa a notar estranhas mudanças em si mesmo, que o leva a acreditar que talvez tenha encontrado o meio de reverter o processo que o tornou num ser inumano e sedento de sangue. Este filme para além de ter uma ideia original, consegue com mortos vivos ter mais emoção que todos os filmes "Twilight" combinados. Adorei as personagens dos Zombies, não só de Hoult mas também o seu amigo, interpretado por Rob Corddry, que para além de infundirem muito humor ao filme conseguem demonstrar que mesmo os zombies conseguem socializar. Para mim a grande falha no filme, mas percebo porque foi utilizada, foi a criação de zombies sem mente que são monstros autênticos, só para termos antagonistas no filme e acreditarmos na redenção dos zombies. Algo que funcionou foi o aspecto de quase um Romeu e Julieta nas personagens de Hoult e Palmer pois são de duas facções diferentes que se querem matar mas mesmo assim conseguem encontrar o amor. Algo que o filme faz muito bem é convencer-nos que estas personagens estão a apaixonar-se, com cenas subtis e ao mesmo tempo carinhosas. Adorei os comentários da personagem R no filme que mesmo que Hoult não falasse, esses comentários dão uma ideia do que se passa no filme e o que ele está a sentir. Apesar do filme ter algumas cenas em que os zombies atacam as pessoas, não são cenas brutais e no final vais estar a torcer pelos zombies. Como disse anteriormente, há dois tipos de zombies, e o segundo só lá está para ser o principal antagonista e dar algum tipo de redenção aos outros zombies, porém o filme sucede em que a cena final funcione pois apesar de serem zombies o director consegue de algum modo humanizá-los. Mesmo os personagens humanos, conseguimos entender o seu ponto de vista e através destas duas personagens aceitamos o desfecho final do filme. Não dando muitos spoilers, o filme consegue surpreender e ao mesmo tempo ter um certo tipo de realismo(considerando que é um apocalipse zombie) que eleva este filme acima do típico romance de adolescentes. Mesmo que sejas mais velho vais adorar este filme, recomendo vivamente.

 

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publicado às 00:03

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Mais um filme de horror, algo que não gosto propriamente, no entanto este filme passa-se num ambiente gótico,algo que adoro, e com a direcção de Guillermo del Toro conhecido por visuais excepcionais. O filme passa-se em Inglaterra, séc. XIX. A jovem Edith Cushing(Mia Wasikowska), uma escritora de contos fantásticos, apaixona-se por Sir Thomas Sharpe(Tom Hiddleston), um homem misterioso e cheio de carisma que, tal como ela, se interessa pelo sobrenatural. Apesar dos avisos de alguns amigos próximos, que temem aquela união, Edith e Thomas casam-se. Ela muda-se para a casa de família dele, uma mansão em ruínas numa região montanhosa no Norte do país. Porém, a jovem depressa descobre que o marido não é quem parece ser. A sua nova morada tem um ambiente sombrio e abriga fantasmas e entidades malignas que Thomas e a sua irmã, Lady Lucille Sharpe(Jessica Chastain), tentam manter em segredo absoluto…Verdadeiro á forma, del Toro cria um filme com estonteantes efeitos visuais e cenários incríveis, a casa em si é impressionante e os fantasmas são verdadeiramente assustadores, algo que também adorei foi a visão da neve sobre o vermelho, e a ideia que transmitia do barro vermelho a sair de todo o lado, que lembra em vários momentos sangue. O meu maior problema com este filme foi com as expectativas que o filme criou no trailer, deu a impressão que era um filme de terror, no entanto no fundo este filme é um romance gótico com elementos de mistério. Uma das melhores partes deste filme é o primeiro acto em que temos o romance da era vitoriana entre Thomas e Edith, e se continuassem com isso e com um mistério bem executado este filme seria excelente. A parte dos fantasmas não acrescenta nada de mais á história nem ajuda no desenvolvimento do filme, em certos casos se tirarem algumas cenas de fantasmas não mudaria nada no filme. Relativamente ao mistério, o meu maior problema é que em alguns casos as personagens agem como se fossem estúpidas, e a grande revelação vem com a descoberta de todas as provas, ou deduções de uma só vez, e ficamos a pensar, porque é que não destruíram as provas e as deixaram todas juntas para alguém achar. Relativamente aos actores, Hiddleston brilha como o melhor actor neste filme, no entanto a personagem de Mia, não é desenvolvida adequadamente, a certo ponto, na minha opinião, eu  teria fugido daquela casa. E para quem é retratado como uma mulher inteligente, ela consegue ser muito estúpida. Já Chastain, é demasiado esquisita(sem dar spoilers, por isso digamos "esquisita") e apesar de ser ameaçadora nunca acreditei muito nessa personagem. Os fantasmas, como disse anteriormente, neste filme são assustadores nos visuais, mas não acrescentam nada ao filme pois os avisos que dão são tão genéricos que mais valia ficarem calados. A primeira parte do filme, adorei o romance e senti que estava na época vitoriana, no entanto na segunda parte o filme arrasta-se, com cenas que são desnecessárias e não ajudam á ideia geral do filme, no entanto a parte final deste filme é tudo o que eu queria que o filme fosse, no entanto mesmo nesse aspecto o filme está cheio de conveniências e de decisões estúpidas. Dando crédito ao filme, o terror não funciona muito bem comigo, e pelos vistos as pessoas acham assustadores os filmes "Actividade paranormal", por isso talvez este filme tenha momentos assustadores que me escaparam. No entanto uma coisa que este filme têm, a seu crédito, é cenas verdadeiramente sanguinárias e arrepiantes, duas ou três. No final, o filme não é para mim e recomendaria ver na TV, no entanto para os jovens que não foram introduzidos ao romance gótico e a parte final é boa, diria que o vissem numa matine e poupem dinheiro. Ei, se és adolescente e tens namorada acho que este filme é bom para veres a noite com a tua namorada, vais te divertir se não levares o filme muito a sério.

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publicado às 23:16


Crítica - Sicario - Infiltrado

por falarmd, em 15.10.15

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 O novo filme de Emily Blunt, que desta vez aborda a guerra contra os carteis de droga, em Sicario que significa assassino. Este filme trata da fronteira sem lei entre os EUA e o México, uma agente do FBI (Emily Blunt) é recrutada por um representante do governo (Josh Brolin) para uma operação secreta na guerra contra os cartéis de tráfico de droga. Conduzida por um consultor com um passado questionável (Benicio Del Toro), a equipa lança-se numa jornada clandestina que força Kate a questionar tudo o que sabe para conseguir sobreviver. O filme trata o assunto da guerra contra os carteis de forma realista e leva-nos a questionar se valerá a pena a guerra contra o tráfico de drogas, se como produto disso temos este tipo de personagens, dúbias é o melhor que se pode dizer delas. A interpretação destas personagens é excelente, começando com Emily Blunt que consegue ser forte e ao mesmo tempo, em momentos, muito frágil. Ela é o foco principal do filme mas ao mesmo tempo deixa-se levar pelos acontecimentos, servindo quase de artificio para contar a história. Josh Brolin como o representante do governo é bom, mas não é dado muito a fazer, principalmente dar ordens e em alguns momentos exposição. A personagem que se destaca neste filme, é a de Del Toro, durante o filme todo interrogamos-nos quem ele será, e quando essa informação é dada o filme quase que passa a ser todo dele. Gostaria que tivessem focado o filme mais nele, mas ao mesmo tempo entendo que o director queria passar  a sua mensagem, evidente na ultima cena deste filme. A cinematografia é excelente, e ajuda a criar a tensão, prevalente durante todo o filme, no entanto gostaria que nas cenas á noite se pudesse ver um bocado mais. Tudo bem que acrescenta realismo, num filme já de si realista, mas gostaria de ver melhor as cenas à noite. Uma das melhores coisas deste filme é a maneira como cria tensão, mesmo com uma viagem que fazem ao México, na primeira parte do filme, em que não se passa nada, é só carros a irem de um sitio para outro, sentimos tensão palpável no filme. Se forem ver este filme pela acção, tem partes de acção que não são nada demais, o ponto forte deste filme é o realismo das situações e a tensão prevalente durante o filme todo. Em certos momentos parado mas nunca fiquei desinteressado. O meu maior problema com o filme é que durante grande parte do tempo, assistimos à história de Blunt, no entanto na parte final deste filme é tudo sobre a personagem de Del Toro, e depois tem uma cena final que fica um bocado deslocada do filme, e depois o filme acaba simplesmente. As interpretações são excelentes, a cinematografia também, no final sentimo-nos desconfortáveis pela situação e com o sentimento que será que vale a pena tudo isto. No final, posso dizer que o filme é bom, com todos os argumentos que disse anteriormente, no entanto não posso recomendar ver no cinema, se virem e gostarem de filmes "noir", não vão ficar desapontados pois é um bom filme , mas a generalidade da população ficará contente em ver este filme na TV. Um filme com tanta coisa boa, é decepcionante que o acto final seja algo que sinta ser diferente da história principal.

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publicado às 00:55


Crítica - Pan:Viagem à Terra do Nunca

por falarmd, em 13.10.15

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 Quando pensamos em Peter Pan vem a ideia a versão da Disney, no entanto a história é uma propriedade em aberto, qualquer um pode a utilizar. Desta vez foi a Warner Brothers, o  mesmo estúdio que nos trouxe Batman,  a dar uma nova perspectiva numa personagem conhecida por todos. Neste filme temos Peter(Levi Miller) a viver uma existência sombria num orfanato de de Londres, ele vê-se arrastado para o mundo fantástico da Terra do Nunca. A aventura aguarda-o à medida que conhece James Hook (Garrett Hedlund) e Tiger Lily (Rooney Mara). O trio une-se para salvar Neverland do pirata Barba Negra (Hugh Jackman). Ao longo do caminho, o menino rebelde descobre o seu verdadeiro destino, tornando-se no herói para sempre conhecido como Peter Pan. Numa nota positiva, este filme tem visuais espectaculares e algumas boas interpretações. É um filme cheio de cor e com uma produção boa, no entanto a maioria dos seus visuais são CGI, o que passado certo tempo cansa.Um coisa tem que ser dita, apesar de não ter visto o filme em 3D, consigo ver que nesse meio poderá ser espectacular, visualmente falando. Em termos de interpretações, Miller é excelente como Peter Pan, uma verdadeira descoberta. Jackman é bom como Barba Negra, um bocado excessivo em certas partes, mas sendo um bom actor consegue convencer mesmo nessas partes. Hedlund como Hook, nem sei por onde começar, e culpo muito disto na direcção e no guião. Neste filme temos Hedlund a fazer um tipo de personagem que nos lembra Han Solo, em nenhum momento reconhecemos algo do Capitão Hook(gancho), tentam criar uma relação com o Peter que não funciona, e o flertar com Tiger Lily, tira-nos do filme pois sabemos que tipo de personagem ele vai ser.  Mara como Tiger Lily, é uma personagem plana que pouco contribui para o filme, e o romance que eu referi irrita conhecendo o destino das personagens. A certo momento do filme começam a cantar "Teen spirit" dos Nirvana, o que tudo bem se continuassem com esse tipo de musica no filme, tem outra mas não a reconheci, o que torna a musica dos nirvana destacar-se no filme. Tem um ponto do filme que falam de fadas e do pó de fadas, mas muito sinceramente é estúpido e o visual das fadas foi decepcionante. Não sei se é spoiler, mas irritou-me demais, no principio do filme vemos Peter num orfanato, retratam esse orfanato como se fosse no tempo de Dickens, no entanto é no tempo da segunda guerra mundial e em nenhum momento o tratamento feito a estas crianças podia existir. Na Segunda guerra as crianças foram enviadas para o campo de forma a ficarem longe dos combates, mas mesmo que isso não fosse verdade, tentar que acreditemos que freiras se comportariam como nos tempos Vitorianos é demais. Mas sou eu que penso isso, e esse pormenor no filme irritou-me. E já que estamos nisso, um avião a disparar para um barco de madeira iria matar todos os que estavam no barco. Mas enfim, o filme não é assim tão mau,só que não sei para quem se destina, para crianças, mas têm Jackman a matar crianças, adultos , o filme é demasiado infantil em certos momentos destrói por completo personagens queridas dos adultos. No final, este filme é para crianças que nunca tenham visto o original da Disney, e só a essas é que posso recomendar, e mesmo assim diria esperem para ver na TV. Para os restantes EVITEM.

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publicado às 01:03

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 Um filme de Edgar Wright, que fez a trilogia do Corneto e mais recentemente colaborou na criação de Ant-man. Desta vez aborda a adaptação de uma banda desenhada do mesmo nome. Aquando da sua distribuição nos cinemas não teve sucesso, mas a genialidade deste filme torna-o num clássico do cinema. Neste filme Scott Pilgrim (Michael Cera) é um rapaz de 22 anos cuja única excentricidade é tocar numa banda. A recuperar de uma relação castradora com Knives Chau (Ellen Wong), que o persegue por todo o lado, conhece Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead), uma rapariga absolutamente encantadora que apenas tem um senão: o seu passado romântico. Ramona, para além dela própria, traz consigo sete ex-namorados(as) que, para além de muito violentos, ainda não conseguiram interiorizar que a relação terminou. Agora, Scott tem de perceber que, para ganhar o amor da nova namorada, terá de, numa luta desigual, vencer sete adversários impiedosos. Apesar de ter uma sinopse complicada, a dinâmica deste filme consegue tornar uma história confusa em algo orgânico e muito divertido. O filme começa lento e com muitas piadas subtis, mas quando conhece ramona o filme torna-se em algo verdadeiramente diferente. Pode-se dizer que este é o melhor filme de vídeo jogos, isto porque Wright consegue transformar a experiencia de jogar um vídeo jogo em algo cinemático. A partir do momento que aparece o primeiro ex-namorado o filme torna-se um videojogo em que vamos de mini boss em mini boss até chegarmos ao grande boss no acto final do filme.Cada luta com os 7 ex-namorados é algo único, desde lutas de skate, lutas com vegans até batalhas de bandas, cada luta é única e visualmente espectacular,ajudada por um guião rápido e engraçado. Com piadas referenciais, como por exemplo com os vegans, em que dizem que ser vegan é ser melhor que toda a gente e dá-lhes poderes especiais. Admito que quem estiver de fora da cultura pop poderá não entender algumas das piadas mas o filme para essas pessoas compensa com visuais que lembram os vídeo jogos, estando sempre a acontecer algo no ecrã. Os actores são engraçados e bons nos seus papeis, acolhendo o estapafúrdio da premissa. A história de amor é credível, e em certos momentos ternurenta, mas adorei o twist no final. Falando do final,é bastante satisfador pois temos que confrontar a origem desta situação numa batalha cheia de clichés,mas bons clichés. Como falei anteriormente, este final tem um twist engraçado que daria origem a uma sequela se o filme tivesse sido comercialmente um sucesso. Apesar de o filme já ter passado na tv, não quero dar spoilers, acreditem que o filme vale a pena ver e já faz parte da minha colecção de DVD's.

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Crítica - O desafio / the walk

por falarmd, em 09.10.15

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O filme "O desafio " conta a história verdadeira de uma pessoa que atravessou, num fio, as torres gémeas nos anos 70.Este é um filme de Robert Zemeckis que gosta de utilizar CGI, mas será que desta vez conseguiu fazer um bom filme? Este filme conta a história do acrobata francês Phillipe Petit(Joseph Gordon-Levitt) que em 1974 tentou a travessia entre as Torres Gémeas do World Trade Center no arame. Com pouco mais do que coragem e ambição, Petit e o seu grupo ultrapassam obstáculos físicos, traições e inúmeras tentativas falhadas para executarem o seu louco plano.Assim como o filme Everest, este filme foi feito para ser visto no cinema, é impressionante a sensação que dá ao vermos Levitt a caminhar no arame. As interpretações são boas de modo geral, e é o carisma de Levitt e a sua interpretação que nos leva a acreditar nesta personagem, com o seu sotaque francês cómico e as suas ideias grandiosas. De destacar também Papa Rudy(Ben Kingsley) que traz alguma seriedade como o mestre de Levitt, no entanto o elenco secundário deste filme pareçem tirados de um desenho animado. O filme consegue, até um certo ponto, equilibrar três géneros diferentes de filme, temos o romance entre Levitt e Annie(Charlotte Le Bon), um filme de assalto com vários cúmplices a tentar um objectivo e finalmente a caminhada entre as torres que é definitivamente a melhor parte deste filme.Por ser baseado numa história real compreendo que tenha estes três elementos, e se foi assim que aconteceu, Zemeckis consegui dar algum equilíbrio ao filme, mas por serem elementos diferentes, não funciona tão bem como o esperado.Relativamente ao romance, é credível e em momentos ternurento, mas a certo ponto do filme, ela torna-se um personagem redundante. O assalto, ou a tentativa de fazer este desafio ilegal, é interessante, mas as personagens são quase cómicas, o que não ajuda neste tipo de cenário. Mas a razão principal para ver este filme é a caminhada entre as torres e nesse aspecto os visuais, são incríveis, consegue conver o sentido de altitude e o perigo, que houve partes em que tive que tirar os olhos do ecrã pois estava a sentir vertigens.Quem tiver medo de alturas este filme, definitivamente não é para si, mas para quem gosta de estar dentro da acção este filme vai por-vos ao lado de Levitt quando ele atravessa o arame. Com o 11 de Setembro, e a destruição das torres, Zemeckis, traz de volta a vida as torres, e celebra a sua grandiosidade. Há vários momentos no filme em que conseguimos sentir a altura e o perigo desta empreitada. A parte mais forte deste filme é o terceiro acto, a caminhada, e mesmo visto num cinema normal, é impressionante. Acredito que em 3D é capaz de ser ainda mais vertiginoso, e em IMAX ainda melhor. Este filme consegue contar bem esta história, há elementos que não funcionam tão bem como outros, mas vale a pena ver só pela caminhada entre as duas torres. No final, é um bom filme, que merece ser visto no cinema, mas por algumas falhas diria que vale a pena uma matine, mas se estiverem interessados vejam no cinema, vale a pena.

 

 

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Crítica - Jogo sujo / Black Mass

por falarmd, em 05.10.15

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 O novo filme de Johnny Depp, e novamente está com maquilhagem, muito gosta ele de mudar o rosto, mas será este o retorno do bom Johnny Depp. Neste filme John Connoly(Joel Edgerton) e James "Whitey" Bulger(Johnny Depp) cresceram juntos nas ruas de South Boston. Décadas mais tarde, em meados da década de 1970, os seus caminhos iriam cruzar-se novamente. Até então, Connolly era uma figura importante no escritório de Boston do FBI e Whitey havia-se tornado padrinho da máfia irlandesa. O que aconteceu depois - uma conspiração para derrubar a máfia italiana em troca de protecção para Bulger - levaria a uma espiral de assassinatos, tráfico de droga, acusações de extorsão, e, em última análise, ao maior escândalo de sempre envolvendo informadores do FBI.Este filme conta com uma das melhores interpretações de Depp dos últimos tempos, ele consegue ser ameaçador e em certos momentos repugnante, em algumas cenas chegamos a sentir empatia para com a personagem, mas para o gansgter mais temido Johnny Depp acertou em cheio.Joel Edgerton também é bom no filme mas achei ridículo o corte de cabelo e não consegui focar em mais nada, é estupido dizer isso mas foi o que aconteceu.O filme está cheio de bons actores como Kevin Bacon, mas o filme é principalmente sobre estas duas personagens e a sua relação que torna possível este império criminoso.Como filme de gansgster, mostra o crescimento desta máfia irlandesa e a forte liderança de Bulger, conseguindo demonstrar a brutalidade do que eles faziam, em nenhum momento glorifica a criminalidade.Uma coisa que este filme consegue demonstrar é como certas oportunidades nas mãos de criminosos inteligentes conseguem tornar algo simples em algo perigoso que contamina todos a sua volta, e o sucesso deste facto deve-se ás interpretações das duas personagens principais e do guião.Este filme consegue nos pôr nos anos 80, e a cinematografia é excelente. No entanto este filme em momentos arrasta-se ou dá saltos em frente de modo a contar a história toda, apesar do impacto da personagem de Depp, as restantes personagens não são desenvolvidas e quando coisas más lhes acontecem não há um impacto tão grande como deveria ser. No acto final aparece um personagem que basicamente diz o que estamos a pensar, como é que o FBI permitiu que isto acontecesse, acho que o filme não convence completamente como o FBI ficou tão enredado.Uma personagem que a meio do filme aparece implicada com Depp, surge do nada e ficamos sem saber como ele ficou assim. A história em si é interessante e a personagem de Depp é cativante,mesmo como personagem repugna-te,a crédito do actor.Não falha em conseguir contar uma boa história mas falha em torná-la tão cativante e dinâmica permitindo tornar um filme que é razoável mas com excelentes interpretações num bom e cativante filme.No final este filme é bom por causa de Johnny Depp, mas de resto o mais interessante será ver esta história real e o que aconteceu, não posso recomendar ver no cinema mas se arrendarem o filme vão achar interessante para quem gosta de filmes de gansgters. 

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  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D