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Crítica - Capitão Falcão

por falarmd, em 29.11.15

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Desde que vi o novo Pátio das cantigas comecei a perceber o porquê de evitar ver filmes portugueses, no entanto um amigo meu recomendou este filme, e finalmente vi. Neste filme temos  as aventuras do super-herói lusitano, o ultra-patriótico Capitão Falcão(Gonçalo Waddington), ao serviço do Estado Novo e sob as ordens diretas do ditador António de Oliveira Salazar(José Pinto). Juntamente com o seu parceiro, o Puto Perdiz(Daviod Chan), Falcão combate todas as ameaças à Nação, mas estranhos acontecimentos e uma ameaça democrática começam a invadir a capital. Conseguirá o Capitão Falcão salvar o dia? Uma coisa é certa o filme tem boas piadas e em certos momentos encontrei-me a rir alto. As personagens são ridículas e exageradas, Waddington interpreta perfeitamente o "heroi" iludido e incompetente, no entanto temos que destacar Chan que mesmo sem falas trouxe muito à personagem. O Salazar deste filme,em certos momentos, é simpático e gostamos dele. Uma boa interpretação de José pinto. O filme tem algumas piadas excelentes e consegue ser cómico durante todo o filme. No entanto o maior problema deste filme, e a razão porque em boa consciência não posso recomendar ver o filme, é o tom. Por tom o que eu quero dizer é a mensagem subjacente ao filme todo, pois o filme apesar de ser uma suposta paródia do Salazarismo, em nenhum momento faz isso claro. Se eu não soubesse que era suposto ser uma paródia, pensava que era um filme de propaganda ao fascismo com tons cómicos. Quando descobri que isto saiu alguns dias antes do 25 de Abril achei de péssimo gosto. Novamente, o filme tem boa comédia mas falha na mensagem. Quando o filme no final(SPOILERS) basicamente faz um discurso em que devimos aceitar as falhas do governo pois ele tem o nosso melhor em mente, esquecendo-se que está a falar da época da ditadura, parece-me surreal. O facto de os grandes vilões do filme serem os capitâes de Abril, parece-me ignóbil. Em certos momentos parecia que queriam revisitar a história de forma a parecer que Salazar era um herói e que os malvados da revolução eram apenas isso malvados que queriam destruir a ordem do país. Quando vi o trailer e vi o aspecto cartoon de certos elementos, como os comunistas, pensei que seria uma paródia, mas o filme basicamente passa o tempo todo a martelar que os comunistas são monstros e que a direita é que tem o melhor em mente para Portugal. Eu aguentei até ao fim, à espera de algo que redimisse o que basicamente estava a ser uma apologia ao Estado Novo, mas não acabam o filme com um discurso que quase parece propaganda. E tem a lata de no final mostrar imagens do 25 de Abril, quando passaram o filme a vilanizar os revolucionários. A ideia na base do filme é interessante, e o filme está cheio de momentos engraçados(o subtexto que o capitão falcão pode ser gay é hilariante) no entanto a execução é péssima e o filme mais parece propaganda ao estado novo e a direita. Não posso recomendar este filme, pois sei que vai haver um desgraçado que vai levar isto a sério. É um filme engraçado mas que erra incrivelmente na mensagem que pretende transmitir, a evitar.

PS: No final fazem um stinger, estão á espera de uma sequela, Deus nos livre.

 

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publicado às 22:10


Recomendação - The raid - redemption

por falarmd, em 27.11.15

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 Depois de tantos filmes sérios, quero recomendar algo mais divertido. Este filme é um dos melhores filmes de acção dos últimos tempos. Neste filme temos Rama, um agente policial novato e que tem sua mulher à espera de seu primeiro filho, pertence a uma polícia especial . Chegam a um prédio de apartamentos no centro de Jacarta. A construção é chefiada por Tama Riyadi, uma espécie de senhor do crime, que é o alvo da força tarefa. Logo na entrada do prédio, a equipe detém um homem que está levando remédio para sua esposa doente no quarto 726. Contudo, antes de entrarem no apartamento ele escapa. A equipe se infiltra no andar térreo do apartamento e prosseguem até alcançarem o sexto andar. Porém eles são vistos por um jovem vigia, que acciona os alarmes antes de ser baleado e morto. Daí em diante é uma luta para sobrevier no que se tornou uma armadilha mortal para os policias. Este filme é uma produção Indonésia com a realização de um australiano. A história é interessante e vemos desenvolver-se ao longo do filme várias camadas e surpresas. A missão que era simples no início revela-se mais complexa que previamente imaginado. As performances dos actores são razoáveis, mas de destacar a personagem de Rama que consegue cativar a audiência. Mas o melhor deste filme é acção, o filme começa relativamente calmo com a entrada no prédio, mas quando o pior acontece, é acção non-stop até ao final. O filme em alguns aspectos quase parece um jogo de vídeo, temos os personagens para derrotar e depois temos o Mini-Boss até chegar ao Boss final e o inevitável confronto final. A coreografia deste filme é excelente, não só acreditamos que são lutas reais, mas ao mesmo tempo não podemos deixar de admirar a beleza e acrobacia das lutas. O filme tem um twist interessante que se relaciona com a personagem principal, mas também é interessante acompanhar toda a intriga que envolve o assalto. No final do filme não podemos dizer que há vencedores, apenas sobreviventes. Não há muito mais para dizer, sendo um filme de acção o que queremos não é propriamente história mas sim boas cenas de acção. Nisso o filme cumpre acima do que estamos á espera, e mesmo assim consegue ter uma história coesa e interessante para o espectador. Se gostam de acção e de porrada da velha, este filme é para si, por isso descansa no sofá ponha o filme e apreciem um dos melhores filmes de acção desta década.

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publicado às 02:03


Crítica - A ponte de espiões

por falarmd, em 27.11.15

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O novo filme de Tom Hanks, desta vez um drama na Guerra Fria Este filme passa-se no início da década de 1960. Os EUA e a União Soviética encontram-se em plena Guerra Fria. A 1 de Maio de 1960, um U-2 (avião de reconhecimento norte-americano) sobrevoava o território soviético quando é atingido pelo inimigo. Francis Gary Powers(Austin Stowell), o piloto, consegue sobreviver ao saltar de pára-quedas mas é posteriormente capturado e feito prisioneiro. A sua captura transforma-se num problema de Estado pois, se Powers ceder, pode revelar informações fundamentais que porão em causa muitas das estratégias militares dos EUA. É então que James B. Donovan(Tom Hanks), o advogado encarregado de defender Rudolf Abel(Mark Rylance), um espião do KGB capturado anos antes pelo FBI, é contactado para negociar a libertação do piloto em troca da libertação do seu ex-cliente, a cumprir 30 anos de pena de prisão. Mesmo sem experiência em negociações deste nível, Donovan viaja até Berlim (Alemanha), onde se torna numa peça essencial dos negócios entre os Estados Unidos e a União Soviética. Num esforço para fazer o que é correcto e cumprir a sua missão, Donovan vê-se enredado num ambiente de tensão política entre dois pólos inimigos. E ele sabe que qualquer passo em falso pode significar o início de uma guerra entre duas superpotências e a consequente morte de milhares de inocentes. Este filme é bom, mas um bocado parado, principalmente na segunda parte. A primeira parte é cativante, onde vemos o julgamento de Rylance, e o diálogo é uma espécie de comentário á situação actual com o terrorismo, em que temos que ser melhores que eles. A própria situação da personagem de Hanks e as dificuldades que ele sente, fazem o espectador torcer por ele. No entanto o filme sucede ao passar a sua mensagem e em certos aspectos dá perspectiva a acontecimentos dos dias de hoje. Tom Hanks é excelente, é o que suporta o filme e o torna bom sem ser aborrecido. Porque simpatizamos com a sua personagem conseguimos ignorar e suportar a segunda parte que é um bocado parada. Gostei também da química e da relação entre Hanks e Rylance, que teve momentos muito interessantes. O filme tem 2 horas, e acho que poderia ser cortado para hora e meia pois o grande problema deste filme é que a segunda parte basicamente parece um empata até chegar o clímax que é a troca de prisioneiros. Não há muito mais para dizer, sinceramente este filme é um filme que realça as capacidades de Tom Hanks, mas ao mesmo tempo celebra a vida e a importância de James Donovan. Não há cenas de acção, o interesse neste filme é o contar uma história e seguir as personagens até ao fim, nesse aspecto conseguiram, e senti-me cativado durante todo o filme. Algo que este filme faz bem é criar tensão sem ser óbvio, mas sim através de diálogo inteligente. A segunda parte é lindissima com o pano de fundo de neve e a construção do muro de Berlim, e as dificuldades subjacentes. Algo é introduzido na segunda parte que torna o filme mais longo que o necessário. Sendo uma história real percebo porque tem que estar lá mas é isso que prolonga o filme e evita que seja um filme excelente. No final é um bom filme que recomendo numa matine(é mais barato :) ), no entanto se forem ver este filme ao cinema tenham noção que é um drama com boas performances, cujo objectivo é contar uma história e não propriamente entreter. Novamente Tom Hanks é excelente neste filme, e é ele que torna algo simples em algo excelente, só é pena a segunda parte.

 

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publicado às 01:22


Crítica- O pátio das cantigas

por falarmd, em 26.11.15

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 E pelos visto o reimaginar de clássicos chegou a Portugal, e em dose tripla, primeiro tivemos este, agora iremos ter o leão da estrela e posteriormente um terceiro. O original é um bom filme que mesmo visto hoje ainda temos divertimento. Neste filme"Bom dia menina Rosa!" é como arranca o "O Pátio das Cantigas" onde mora a linda balconista Rosa e os seus dois pretendentes: Narciso, um guia turístico poliglota que trabalha noite e dia… e o Evaristo, dono da mercearia gourmet, pessoa de génio agreste e pai da menina Celeste, aspirante a artista de telenovela. Já não tarda o Santo António, e eis o caso nunca visto das tentações do demónio do pátio do Evaristo.

Eu sei que é moda refazer filmes populares para supostamente apelar a uma nova audiência e alguns até o conseguem, dito isto, que se lixe este filme. Vou ser sincero, não vi o filme até ao fim, não aguentei, quem sabe pode até ser uma obra prima, no entanto pelo que vi ,é uma porcaria. Eu sei que é suposto ser uma comédia, mas ao tentarem adaptar para os tempos modernos, tiraram tudo o que tinha de bom e usaram o mais básico humor e tornaram as personagens em caricaturas, ao contrario do que deviam ser, pessoas reais. Se em Lisboa as pessoas actuam assim, Meu Deus nos ajude, a sociedade vai muito mal. O realizador não deve saber o que queria fazer, se uma paródia do original ou uma homenagem ao original, o tom dentro do filme não bate certo. O mais flagrante é o que fizeram as personagens principais, Evaristo e Rosa, ele é quase um cartoon de uma pessoa, em nenhum momento parece com alguém real e o actor basicamente berra as suas falas. Por contraste, Rosa é interpretada tão séria e como alguém que parece que está noutro filme, quando toda a gente a sua volta é interpretado por personagens que parecem paródias, quando ela entra em cena com a seriedade tira-nos do filme, será que o realizador sabe o que quer ou é a actriz que não sabe em que filme está. Eu vi o original e gostei, não posso comparar os dois pois não me lembro bem do filme, no entanto não devia ser preciso para gostar do filme. Eu nem vou comparar com o original, apenas sei que o original era bom, quando passados 15 minutos eu já não suporto o filme, isso diz muito. Tudo bem que as pessoas agora estão mais habituadas a ver coisas mais chocantes, temos toda a cena de tentar ser famoso, e em certos pontos até acho giro o que tentam fazer.O maior problema é a execução, Este filme tem a qualidade de um filme feito para a TV, e se tivesse passado na TV não me importava, pois simplesmente mudava de canal.Agora tenho pena de quem pagou para ver esta porcaria. Repito, não vi o filme até ao fim, mas o que vi deixou-me chateado e tenho medo do que este realizador irá fazer com o "Leão da estrela ". A evitar.

Ps, tentaram ser muito espertos ao evitarem a fala "Ó Evaristo, tens cá disto" e substituíram por "Ó Evaristo não percebes nada", e conseguiram mas mesmo isso não salva este filme.

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publicado às 00:35

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A parte final de uma história épica, mas com o separar de uma história de um só livro em dois, será que o filme sofre por isso? Neste filme temos a nação de Panem em guerra, Katniss(Jennifer Lawrence) defronta o President Snow (Donald Sutherland) pela última vez. Com a ajuda dos amigos mais próximos, Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Claflin) e Peeta (Josh Hutcherson), Katniss inicia uma missão arriscada que visa libertar os cidadãos de Panem e tentar o assassinato do Presidente Snow, cada vez mais obcecado em destruí-la. Armadilhas mortais, inimigos e escolhas morais aguardam Katniss num derradeiro desafio, mais difícil do que qualquer arena dos Jogos da Fome. Eu não li os livros mas apesar de considerar uma adaptação fiel, pelo que me disseram, porque não é um livro tem personagens que sofrem por isso. Os actores são bons neste filme, Lawrence é boa no filme e em algumas cenas excelente no filme, no entanto acho que no principio quase parecia que não estava investida no papel. E este segundo filme é todo sobre ela e a sua missão de tentar matar Snow, por causa disso as outras personagens não é dada tanta atenção como a ela.Certas personagens morrem e não nos é dado tempo para sentir a sua falta, é mais como se fosse algo que aconteceu continua com isso, não interessa.Tudo bem que a história é sobre Katniss e Peeta, mas morrem certas personagens que são importantes para o filme que sentimos que se esqueceram delas. A personagem de Hutcherson e o actor brilham neste filme e em alguns aspectos é o melhor deste filme.Gostei como resolveram o triangulo amoroso, dando razão a quem estava a ver o final desde o segundo filme. E Donald Sutherland é fixe e calmo durante toda esta revolta e mesmo na cena final é ele que em certos pontos ri no final. Duvido que seja um spoiler pois acho que é obvio o final dele, mas a satisfação que sentimos quando ele recebe o que merece, só por isso vale a pena ver o filme. Sem dar spoiler, aqui tenho que ter cuidado, mas tenho que mencionar isto, quando uma certa personagem é descoberto que é uma vilã, surge do nada. Em nenhum momento neste últimos filmes sentimos que fosse um vilão, e quase parece forçado. Algumas das personagens que vimos durante os outros filmes e que gostamos, quase não aparecem neste filme sendo relegadas para segundo plano. A acção, é muito boa, principalmente a cena no esgoto, as armadilhas que vemos no trailer são assustadoras e o realizador conseguiu criar a sensação de medo e terror. Em certos aspectos este filme é mais acção que outra coisa.Não que seja uma coisa má, mas destoa dos outros filmes, pois neste filme quase não temos desenvolvimento de personagens e quem nunca viu estes filmes, duvido que consiga acompanhar ou perceber o que se está a passar. Acho que dizer mais será entrar em spoilers, mas para quem tem acompanhado estes filmes, tem certos aspectos que vai ser muito satisfatória. No final do dia este filme foi feito para quem tem acompanhado a série, ou que tenha lido o livro,vai ficar satisfeito vale a pena ver no cinema. No entanto para quem nunca viu estes filmes, é um bom filme de acção com bons efeitos especiais, mas pela falta de desenvolvimento das personagens será um filme a ver numa matine.

 

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publicado às 21:47


Crítica- Steve Jobs

por falarmd, em 13.11.15

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 Steve Jobs, o rosto principal da Apple, já teve uma biografia, com Ashton Kusher, que não foi grande coisa. Agora temos uma com uma equipa de sonho desde o realizador, argumentista e actores. Neste filme realizado por Danny Boyle (vencedor de um Oscar com "Quem Quer Ser Bilionário") com base no argumento de Aaron Sorkin escrito a partir da biografia de Walter Isaacson, "Steve Jobs" tem como fio condutor o lançamento de três produtos marcantes da Apple, culminando em 1998 com a apresentação do iMac. O filme mostra os bastidores da revolução digital e desenha o retrato íntimo de um homem brilhante que esteve no seu epicentro. Michael Fassbender interpreta Steve Jobs, fundador da Apple. Kate Winslet é Joanna Hoffman, antiga responsável de marketing da Macintosh. Steve Wozniak, co-fundador da Apple, é interpretado por Seth Rogen, e Jeff Daniels será John Sculley, antigo CEO da empresa. O filme conta ainda com Katherine Waterston como Chrisann Brennan, ex-namorada de Steve Jobs, e Michael Stuhlbarg como Andy Hertzfeld, um dos elementos iniciais da equipa de desenvolvimento da Apple Macintosh. O ponto forte deste filme são as interpretações e o diálogo, e em certo ponto a realização. Não sendo uma biografia típica, este filme centrase em três momentos na vida de Jobs, e a partir desses momentos conta uma história e retrata o carácter da personagem principal. Algo que apreciei foi o uso de diferentes câmaras para cada momento do filme, do uso de filme 16mm até ao digital no terceiro acto. Algo que este filme não foge é o facto que Steve Jobs é um "Cabrão" ou F.D.P. conforme preferirem. Apesar dos defeitos desta personagem, o facto de negar a filha, o tratamento dos amigos/funcionários ao mesmo tempo consegue humanizar o homem e demonstrar as suas fragilidades e em alguns aspectos(poucos) redentor. Algo que temos que destacar são as interpretações, Fassbender,que apesar de não parecer com o homem real, convence que é essa personagem. Seth Rogen, conhecido por comédias, dá uma excelente interpretação dramática. Algumas das melhores interpretações e que dão muita alma ao filme foram as de Winslet e Daniels, que apesar de personagens secundárias conseguem enquadrar e dar perspectiva sobre o homem que foi Steve Jobs. Algo que gostei foi o diálogo, no entanto para quem quiser ver o filme tem que ter em mente que este filme é basicamente só dialogo e apesar de ser uma das forças do filme, pode ter pessoas que não gostem. Podem pensar que neste filme não acontece nada, e tem razão, pois o filme basicamente é a historia do relacionamento de Jobs e a sua filha, mas a indefinição da história do filme deixa um bocado a desejar pois apesar de ter uma estrutura de 3 actos, não é linear e mais um estudo de personagens. Não quero estragar o filme dizendo coisas demais, no entanto recomendo este filme para quem gostar de bons filmes mas este filme é um filme que vale pelo diálogo e as interpretações, se forem ver no cinema vão gostar mas para a generalidade das pessoas este filme pode ser visto na TV que ficarão satisfeitos. Com a nota que dei ao filme, em nenhum momento não estou a dizer que não é um bom, senão excelente filme, só que para a maioria das pessoas não sei se valerá a pena ver no cinema, mas para todos os cinéfilos, este será um dos filmes com nomeações para os Óscares, se não for pelo guião será pelas interpretações e talvez pela direcção.

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publicado às 01:21


Crítica - 007:Spectre

por falarmd, em 09.11.15

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O novo filme de James Bond, na versão Daniel Craig, que poderá ser o ultimo. Neste filme Bond recebe uma intrigante mensagem sobre o seu passado que o leva a viajar pela Cidade do México e por Roma, onde encontra Lucia Sciarra (Monica Bellucci), viúva de um notorio criminoso. Bond consegue infiltrar-se numa das reuniões secretas da organização conhecida como SPECTRE. Em Londres, o novo chefe do Centro de Segurança Nacional questiona as ações de Bond e lança o debate sobre a sua relevância no MI6, liderado por M (Ralph Fiennes). Bond solicita discretamente a ajuda de Moneypenny (Naomie Harris) e do o genial e inventivo Q (Ben Whishaw) para o ajudarem a descobrir o paradeiro de Madeleine Swann (Léa Seydoux), filha do seu antigo inimigo, Mr. White (Jesper Christensen), que poderá ter em seu poder a pista que permitirá desenredar a teia da SPECTRE. Se nesta descrição acharam que se passava coisas demais, tinham razão, em termos de história esse é o seu maior problema. Apesar do último filme de Bond ser muito bom, não podemos comparar os dois, mas sim vê-lo como um filme isolado. A cinematografia é boa, as cenas de acção são boas e a primeira espectacular, no entanto como estou a dizer não tem nada de destaque que nos excite.O filme tem acção constante, mas ao mesmo tempo é acção sem significado,ou pelo menos é assim que nos sentimos. O filme ao tentar criar o maior vilão de 007, esquece de desenvolver as personagens secundárias, Dave Batista como o novo assassino, não tem nenhuma fala e apenas serve para ser uma presença ameaçadora ao longo do filme até ao aparecimento do grande vilão. Estas personagens secundárias são interpretadas por bons actores que são desperdiçados no filme, Monica Belluci, aparece num total de 3 minutos, numa cena que deixa muito a desejar. A outra história com M/Fiennes em Londres, sinto que é desnecessária e tentaram torna-la relevante para o confronto final, mas não teve o impacto ou importância que deveria ter.A outra Bond Girl, Seydoux, não faz nada de importante no filme, e o que faz poderia ser substituído por informação numa pen. Tentaram tornar este filme em algo épico, relacionando os acontecimentos dos outros filmes neste, e tentando criar uma ameaça paralela á descoberta de SPECTRE. Eles não desenvolvem o porquê que essa organização é má, mais parece uma empresa, a desculpa de eles irem atrás de Bond,não convence, parecendo mais conveniência que outra coisa. De forma a contarem esta história épica, usam muitas conveniências que com o Bond de Craig, que tem sido pautado pelo realismo ,tiram-nos do filme e ficamos desapontados. No entanto este filme é divertido, tem cenas de acção que chegue para pelo menos recomendar ver no cinema, mas numa matine que é mais barato. Uma oportunidade perdida para finalizar o Bond de Daniel Craig.

 

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publicado às 20:54

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A nova tentativa de Vin Diesel de ter uma nova franchise, para além do monstro que é Velocidade furiosa e com modesto sucesso em Riddick. Será que é desta? Neste filme temos a história que ao longo dos tempos, exércitos de caçadores de bruxas têm cruzado o globo em busca do seu inimigo. Kaulder (Vin Diesel) é um desses guerreiros que logrou matar a toda poderosa Rainha das Bruxas (Julie Engelbrecht) e dizimar os seus seguidores. Momentos antes da morte, a Rainha amaldiçoou Kaulder com a imortalidade. No presente, é o único caçador de bruxas ainda vivo. Passou séculos a perseguir as últimas bruxas e a chorar o desaparecimento dos seus entes queridos. Agora, terá de enfrentar novamente uma Rainha das Bruxas ressuscitada e em busca de vingança, numa épica batalha que colocará em causa a sobrevivência da espécie humana. Deste tipo de filme esperamos acção, efeitos espectaculares e uma boa dose de humor, no entanto nada disso se encontra neste filme. O maior problema deste filme é que se leva demasiado a sério, e não digo que deveria ser um filme de humor, mas um bocado de levidade neste filme ajudaria muito. O melhor exemplo disso é que um dos momentos que gostei mais do filme foi uma piada feita por Elijah Wood, que interpreta o novo ajudante de Diesel. Relativamente às performances dos actores, eram razoáveis com apenas duas excepções que notava-se que estavam a dar o litro. Temos que realçar Elijah Wood que conseguiu convencer e dar muita da urgência que o guião se esqueceu de dar ao filme. Ele aparece pouco no filme, mas quando aparece estamos à espera que ele faça algo que se destaque e nos tire desta seca de filme. Outro destaque é Rose Leslie, que interpreta uma jovem bruxa. Ela consegue nos convencer dos momentos de angustia e urgência do filme, mas no entanto acho que ela foi mal escolhida neste filme, pois em nenhum momento conseguimos acreditar na relação entre ela e Diesel. Vin Diesel, no filme foi o Vin Diesel que estamos habituados a ver em Velocidade Furiosa, não acrescentando nada de mais ao filme, não nos enganemos, ele é carismático mas o tipo forte e silencioso neste filme não funcionou. Num ponto negativo tenho que referir Michael Caine, que neste filme repetiu o papel de Alfred de Batman, basicamente apareceu para receber o cheque. As cenas de acção não são boas, em certos casos chegam a ser chatas, para além disso o filme arrasta-se, tentando criar um universo esquecendo-se de contar uma boa história. Algo que não ajuda a isso é a dependência em CGI, que em certos momentos é flagrante que os actores então num ecrã verde e não numa localização real. O filme tem pouco mais de hora e meia, e saí de lá pensando que tinham se passado duas horas, num filme deste eu não quero sentir o tempo a passar. No final este filme é uma oportunidade perdida, pois o universo que criaram é interessante, mas ao criar esse universo esqueceram que o que interessa é contar uma boa história. E num filme deste tipo, com a premissa que tem, espero me divertir e quase não me diverti, levaram isto a sério demais. Não posso recomendar ver o filme no cinema, mesmo na TV acho que é um desperdício de tempo. Se viram o trailer e gostaram , esperem e vejam na TV, assim a desilusão é menor.

 

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publicado às 02:09


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