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Crítica - Cafe Society

por falarmd, em 20.10.16

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 Por razões pessoais não tenho tido vontade de ver os filmes mais comerciais, no entanto este interessou-me devido a época em que ocorre. Neste filme temos a história de um jovem, Bobby(Jesse Eisenberg), que chega a Hollywood durante os anos 30, na esperança de trabalhar na indústria do cinema. Apaixona-se por Vonnie(Kristen Stewart) e descobre-se envolvido no vibrante ambiente que definiu o espírito daquela era.

Se há algo que este filme captura bem é o ambiente da época e todo o glamour que envolvia Hollywood nessa era. Dos fatos aos cenários, tudo parecia novo, mas ao mesmo tempo apropriado para a época. O filme envolve-nos nessa época, nos bares de topo, nas estrelas de cinema e até dos gangsters, no entanto a história em si, sofre por falta de direcção. Na primeira parte deste filme, estava a adorar as personagens e o ambiente, no entanto, depois o filme quase que parece outro filme, mudando de história e apesar de ainda acompanhar-mos a personagem principal, já não temos tanto interesse. Eisenberg e Stewart tem boa química e como casal funcionam e é isso que nos mantém ligados ao filme na primeira parte, boas interpretações de ambos. No geral não há más interpretações, apenas personagens a mais, e histórias que levam a lado nenhum. Tudo o que tem a ver com a família de Bobby, a excepção de um elemento não acrescenta nada ao filme e só serve para distrair da história principal. Porém sinto que o realizador queria que sentíssemos o que é a perda de um amor verdadeiro do que contar uma história, pois parece que há várias histórias neste filme. Essa falta de foco faz com que ao avançarmos no filme percamos interesse na personagem principal, e depois não compreendemos algumas das decisões que faz pois já não devia ser a personagem que era no inicio do filme. Tem uma cena com uma prostituta que pensei que iria dar em algo, mas não, apenas serviu para ocupar tempo.

No final, este filme serve como representação de uma época, e isso eu gostei, no entanto como história envolvente, sentimo-nos perdidos e sem saber de quem é a história. Não é um mau filme, mas que se gostarem de filmes de época este retrata os anos 30 perfeitamente, mas vejam na tv, pois não cativa a atenção. Em certos pontos, quando o filme acaba eu fiquei frustrado com o que aconteceu.

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publicado às 18:59


Crítica - Mascots

por falarmd, em 16.10.16

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 O tempo não convida a sair de casa e o que tem saído no cinema muito menos, por isso "netflix and chill". Neste filme temos um olhar ao mundo competitivo das mascotes.

O filme é um "mockumentary", ou seja um falso documentário sobre um assunto numa perspectiva cómica. O filme em si, para o que é, esta competentemente feito. O meu maior problema foi sentir algum interesse pelo assunto ou pelas personagens. A maioria das personagens neste filme ou são estériotipos ou exageradas o que torna difícil nós sentirmos que o que se está a passar é verdadeiro. A uniíca personagem que gostei e que não teve assim tanto foco no filme foi a mascote "Punho". De resto, é tudo coisas que sabemos que vão acontecer pois o filme quase que segue uma formula, sem surpresas e com personagens que não são interessantes. A comédia do filme é forçada e só funciona numa ou noutra circunstância. O ritmo é demasiado parado para suster o interesse em algo que será estranho para a maioria das pessoas. Numa nota positiva, fiquei interessado na terceira parte do filme com as actuações das mascotes. Porém o resultado final era previsível desde o inicio do filme. No final, por ser um filme da netflix, só o vemos se quisermos, como gostei do final diria que podem ver, mas terão a vontade de avançar muita coisa.E para comédia, não me ri quase nada, foi mais deprimente que outra coisa.

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publicado às 19:34


Crítica - As armas de Jane

por falarmd, em 16.10.16

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 Como não tenho tido vontade de ir ao cinema, vi um western, costuma ser um género que me dá nostalgia. Neste filme, Jane(Natalie Portman), quando o marido chega a casa moribundo e com oito balas no corpo, ela procura a ajuda de um antigo amante(Joel Edgerton) que não vê há dez anos para defender a sua quinta.

Geralmente os westerns costumam ser divertidos ou cativantes, este foi mais um estudo do péssimo modo de vida do velho oeste. O filme, em si não é mau, e se virem o filme até ao fim poderão gostar. No entanto a primeira parte deste filme está cheia de flashbacks de modo a tornar uma história muito simples, num  mistério para quem está a ver. No inicio deste filme, não sabemos das relações entre as personagens e só no final a história toda fica clara, no entanto é tão fácil de adivinhar a situação que se não fosse pelo carisma das estrelas estaria-mos desinteressados. Porém admito que no terceiro acto estava investido no que ia acontecer as personagens principais. O melhor deste filme são as interpretações de Portman e Edgerton, que carregam o filme nas costas. Quase não reconheci Ewam Mcgregor como o vilão, mas acertou o papel. O passo do filme é muito lento e de certo modo é mais um estudo sobre a vida no Oeste, pois é tudo focalizado em dois ou três lugares com muito diálogo e flashback que arrastam o filme. O confronto final parece um bocado cómico e irrealista tendo em conta a quantidade de vilões que vão atrás deste casal.  Já agora para um filme que se chama as armas de Jane, ela quase não as usa e de certa maneira é demasiado dependente de outros para a sua própria sobrevivência. Não é spoiler, mas no final do filme fiquei sem saber porque é que ela saiu de casa no inicio, se calhar perdi qualquer coisa. No final, este filme tem boas coisas e é interessante o suficiente para aguentar até ao fim, o final é bastante positivo. Algo para ver na TV se gostarem de Westerns.

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publicado às 19:09


Crítica - Horizonte profundo

por falarmd, em 06.10.16

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 O género de filme catástrofe não é algo que eu anseie, mas dá sempre para um bom espectáculo visual. Neste filme temos a história do dia 20 de abril de 2010, uma das maiores catástrofes provocadas pelo homem do mundo ocorreu na plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México. O filme segue uma importante faceta pouco conhecida: a história dos 126 membros da tripulação que trabalhavam a bordo da Deepwater Horizon naquele dia, e que enfrentaram circunstâncias angustiantes e imagináveis. Homens e mulheres experientes que trabalhavam em turnos esgotantes na esperança de em breve voltarem para as suas famílias em terra. Num instante, foram confrontados com a sua hora mais negra e forçados a encontrar a coragem suficiente para combater um incêndio infernal e imparável no meio do oceano.

O filme está muito bem feito, sendo não só um espectáculo de se ver, também é um drama bem conseguido. O realizador faz-nos preocupar e sentir algo pelas personagens principais, o que quando o desastre acontece estamos mais investidos. De destacar as prestações de Mark Wahlberg e Kurt Russell que não só são as personagens que acompanhamos durante o filme mas também as que fazem mais sentido. O filme faz um bom trabalho de mostrar o perigo destas plataformas e subtilmente nos lembrar que necessitamos do petróleo. Agora quando acontece o desastre, porque nos preocupamos por estas personagens estamos quase a viver o acontecimento com elas. As cenas do desastre e como acontece estão bem explicadas que qualquer pessoa pode acompanhar. Mas este tipo de filme, vale mais pelo desastre em si, e quando acontece, não só é realista, também são momentos tensos e que nos metem no centro da acção. Visto no cinema é ainda mais envolvente e sentimos uma verdadeira noção do que seria estar naquela plataforma na altura. Por ser um filme curto, estamos absorvidos de principio ao fim, sem nunca tirarmos os olhos do que se vai passar pois sabemos que vem uma tragédia, só não sabemos quando. No final, este filme, é muito bom, os visuais são excelentes, preocupamo-nos pelas personagens e sentimos a tensão quando o desastre ocorre. Se gostarem deste género, este é um dos melhores que tenho visto, definitivamente para ser visto no cinema.

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publicado às 01:09

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 Sempre gostei dos filmes de Tim Burton, mesmo os com má história, os visuais eram incríveis, por isso estava ansioso pelos X-men deste realizador. Neste filme, Jake (Asa Butterfield) segue as pistas que o levam a uma ilha misteriosa onde descobre as ruínas da Escola Para Crianças Peculiares de Miss Peregrine. À medida que explora os quartos e os corredores, descobre que alguns ainda estão vivos e que possuem incríveis poderes. E fica a saber que é ele o escolhido para os salvar dos Ocos, os impiedosos inimigos que os perseguem pelas suas capacidades extraordinárias.

Visualmente o filme, é incrível, só por isso merecia ser visto no cinema, porém não é um filme perfeito. Como o filme é baseado num livro, há muita construção de mundo através de exposição, que ocupa muita parte do filme. Admito que a primeira hora poderá ser mais parada e num ritmo mais lento do que o desejado, porém é essa a parte que nos leva a conhecer este mundo e a gostar das personagens. Mesmo que os dois actos iniciais sejam mais aborrecidos, no filme há sempre algo para manter a nossa atenção, ou é os poderes das personagens, a história em si que é fascinante, ou está a acontecer algo visualmente interessante, temos sempre algo para manter a nossa atenção. Digo isto, mas admito que olhei para o relógio uma ou duas vezes, no entanto isso compensou com um terceiro acto emocionante, em que sabia exactamente o que se estava a passar, gostava dos personagens e estava ansioso por saber o resultado. O vilão, interpretado por Samuel L. Jackson, apesar de ser exagerado, traz algum humor ao filme, que de resto se leva demasiado a sério. Gostei de quase todos os actores no filme, no entanto, por direcção ou algo parecido, Asa parecia muito duro a dizer as falas. Algo que não estava a espera, o filme, no cerne é uma história de amor, admito que algo apressada e devido às interpretações não me convenceu completamente, mas gostei desse elemento. Eva Green como a Senhora Peregrine, traz algo diferente ao filme e consegue ser cativante em todas as suas cenas.Este filme tem elementos que poderão ser considerados mais maduros/terror para crianças, diria que poderá não ser para toda a família. No final, gostei do filme, porém tem muitos momentos parados que depois compensam no final, mas que arrastam o filme. São duas horas, que poderia ser menos se não houvesse tanta exposição. Diria que pelos visuais e parte final merece ser visto no cinema, mas numa matine.

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publicado às 00:06


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