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Ganhou vários prémios e tem sido aplaudido pela crítica, finalmente um filme de monstros bom. Neste filme, em 1963, durante o auge da Guerra Fria, Elisa (Sally Hawkins), uma solitária empregada de limpeza muda que trabalha num laboratório governamental, vê a sua vida mudar para sempre quando, com a sua colega Zelda (Otavia Spencer), descobre o resultado de uma experiência ultrasecreta: um estranho ser aquático que vive num tanque.
Adoro este filme, não só por termos um monstro assustador mas também por termos personagens que compreendemos as motivações e vilões complexos. Antes de mais este filme é belo e leva-nos para outro mundo e uma era diferente, nunca deixamos de acreditar no que está a acontecer. O monstro é lindo e muito realista, com grandes nuances que o tornam numa personalidade complexa. A história apesar de simples é bem executada e todos os actores brilham. Adorei Hawkins como alguém solitária e que se sente separada de todos. Devo dizer que não estava á espera de tanta nudez, mas pelo menos não foi gratuito. Spencer é boa mas não é pedido grande coisa dela. Quem brilha é Michael Shannon que apesar de ser um vilão e fazer coisas desprezíveis, ele tem uma razão ou motivação para isso e nunca é incompetente. O romance no filme funciona e é engraçado ver as reacções dos outros ao mesmo. O filme tem vários momentos de humor e romance mas nunca deixamos de sentir que a criatura não é ameaçadora. No final adorei este filme e recomendo vivamente a todos os que gostam de fantástico e romance, deve ser visto no cinema pela história e visuais.
Gostei do trailer, e quando ganhou os prémios fiquei curioso. Neste filme , depois de meses passados sem um culpado no caso de assassinato da sua filha, Mildred Hayes(Frances Mcdormand) executa uma jogada ousada e pinta três cartazes com uma mensagem controversa dirigida a William Willoughby(Woody Harrelson), o venerado chefe de polícia da cidade. Quando, Dixon(Sam Rockwell), adjunto do xerife e menino de mamã imaturo com propensão para a violência, se envolve, a guerra entre Mildred e as forças da lei em Ebbing entra numa nova fase.
Adorei este filme, porém não posso dizer muito pois o filme desafia as expectativas e está constantemente a surpreender. Há comédia neste filme que funciona, mas para além disso há um sentimento de tragédia real que torna todas as personagens em trágicas. O filme é interessante do princípio ao fim, e o final é um dos melhores. AS personagens parecem pessoas reais, com destaque para as interpretações de Mcdormand e Rockwell. Harrelson é sempre bom, mas acontece cada coisa com a sua personagem que não esperamos. No final este filme é excelente e vale a pena ir ver ao cinema. Justifica os prémios que está a ganhar.
Eu adoro filmes históricos, principalmente sobre esta época, porém há o risco de biopic ser chato. Neste filme, a poucos dias de se tornar primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Winston Churchill (Gary Oldman)enfrenta um turbulento desafio: explorar um tratado de paz negociado com a Alemanha nazi, ou manter-se firme e lutar pelos ideais de liberdade e independência da nação. Enquanto as imparáveis forças nazis atravessam a Europa Ocidental e a ameaça de invasão se torna eminente, com um povo impreparado, um rei séptico e o próprio partido a conspirar contra ele, Churchill vai suportar a sua hora mais negra, reunir uma nação e tentar mudar o curso da história.
A história e o personagem são fascinantes, e se bem que podemos ver isto como algo necessário, os argumentos da oposição fazem sentido. Este filme é muito bem conseguido, conseguindo juntar humor a momentos verdadeiramente dramáticos. Admito que conheço algo da história, mas mesmo que não saibam, o filme permite que todos acompanhem a narrativa. A actuação de Oldman é excelente e irreconhecível, conseguindo transmitir todas as emoções da personagem. Admito que este filme possa tirar algumas liberdades com a história de forma a criar drama entre as personagens, porém funciona e percebemos ambos os pontos de vista. O filme dura 2 horas mas nunca fiquei aborrecido e os visuais são muito bons levando-nos até ao período. Gostaria de realçar a personagem de Lily James que serve de voz do espectador, mas que também humaniza a situação e dá um aspecto humano ás circunstâncias. No final este é um excelente filme, mesmo que não gostem de biopic, vale ver no cinema, adorei.
Já saiu no ano passado, mas por cá é lançado este ano. Neste filme, um aspirante a ator(Dave Franco) conhece um enigmático desconhecido que dá pelo nome de Tommy Wiseau(James Franco). O encontro leva o ator a um caminho absolutamente inesperado e à criação do pior filme alguma vez feito.
Eu nunca vi o filme original em que este é baseado, porém já tinha ouvido falar dele. Dito isso, vi o filme sem preconceitos e gostei. Dizer que o filme é uma das melhores comédias seria errado, o filme tem elementos cómicos e dramáticos, porém no final ficamos com uma mensagem de esperança e dever cumprido. O filme não faz pouco de Wiseau, aliás J. Franco é excelente no papel e consegue mostra o lado mais humano do artista. D. Franco como o jovem artista é bom, porém sentimos sempre que ele é um espectador e não o protagonista. A história é cativante e nunca sabemos nada sobre Wiseau, porém é um personagem fascinante e trágico. A comédia neste filme existe e há muita, porém não é a gozar mas sim devido a estranheza do personagem. No final este filme é interessante e recomendo ver, mas numa matine.
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