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Crítica - Trumbo

por falarmd, em 21.02.16

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 Mais um filme que só agora chega ao nosso país, mas mesmo assim a tempo dos Óscares, mas será que é tão bom como o anunciado.Neste filme vemos a carreira de sucesso do argumentista Dalton Trumbo (Bryan Cranston) durante os anos 40 termina de forma abrupta quando ele e outras personalidades de Hollywood são colocadas na Lista Negra devido às suas crenças políticas. "Trumbo" narra a história da sua luta contra o governo dos EUA e os chefes dos estúdios, num confronto sobre a liberdade e o direito de expressão que envolveu toda a gente em Hollywood, de Hedda Hopper (Helen Mirren) e John Wayne, a Kirk Douglas e Otto Preminger. Sendo um filme que trata sobre acontecimentos reais, há muita gente que sai mal na fotografia, nomeadamente John Wayne. O filme é excelente, e trata da época do velho Hollywood com o glamor da época. Algo que o filme consegue muito bem é dar um ar de glamour ao filme, com excelente cinematografia e com cenários tirados de filmes dessa época. Dito isso, o que brilha neste filme é a história humana, não foca no problema politico, no entanto quando chega o final e aborda o problema, nessa altura estamos tão investidos no que se passou que é uma das cenas mais emocionantes do filme. O filme é cativante, mas que se baseia no diálogo das personagens e das situações, não será para todos. Mas se dermos oportunidade ao filme, iremos estar interessados no que está a acontecer, na luta da personagem e na injustiça da situação. Mas algo que deveria ser dito acerca do filme,é que o filme, no centro, é sobre a luta de uma família e o deteriorar das relações e como Trumbo aguentou esses tempos negros. Relativamente aos personagens, Cranston é excelente neste papel, e traz uma fragilidade á personagem de Trumbo mas ao mesmo tempo um desafio e convicção no que acredita. Mas o que faz este filme funcionar é a relação entre a família, Diane Lane como a esposa é excelente, e em certos momentos ajuda o espectador a compreender a personagem de Trumbo. No entanto, o que me fez adorar o filme foi ver o desenvolver da relação de pai e filha.Neste caso a filha é interpretada por Elle Fanning, que adoramos como pequena, mas que torcemos por ela devido á situação familiar. Todo o conjugar do que se passa na família, culmina num discurso final que é excelente, e nos traz lágrimas aos olhos. Mirren como a repórter, é um bocado desperdiçada, mas que entendo, pois o filme é sobre Trumbo e não sobre ela. Lois C K, como um dos colegas de Trumbo, foi excelente, e a relação entre ele e o protagonista foi uma das melhores do filme. A ideia do que se passou(problema político), não está á frente no filme, é grande parte do filme, mas convêm-na de uma forma que compreendemos o que se passa e sentimos revolta com o que se passou a estas personagens sem bater no ceguinho.Apesar de ser um drama, não é demasiado dramático, mas com toques de comédia, que torna tudo mais sério no discurso final e percebemos que sentimos algo pelo que aconteceu. No final, mesmo sendo um drama, não posso deixar de recomendar este filme, algo que vale a pena ver no cinema, e se eu gostasse do género acrescentaria este filme á minha colecção de DVD's.

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